BRASIL/2003:
1º de janeiro: Lula assume com o dólar a R$ 4,20. Nomeia um
bom economista ortodoxo para o BC, mas coloca o brilhante
Mercadante na Fazenda.
15 de janeiro: diante da política fiscal equivocada
implementada por Mercadante, o presidente do BC renuncia. O
dólar vai a R$ 5,5 e a inflação dispara. Lula reclama da
sonegação fiscal e aumenta a aliquota de IR para 40%. Meu pai
infarta.
30 de janeiro: os radicais do partido juntam-se ao PSTU e o
MST e rompem com o PT. A base de apoio no congresso se
esfarelar. A família Sarney, o PTB e o PL começam a cobrar
cada vez mais caro pelo apoio (2 açudes, 4 programa de
irrigação, 15 projetos superfaturados na Sudam, aumento da
aliquota de importação de produtos texteis). Lula numa
tentativa de reunir a base nomeia Enéas como líder do governo
no congresso. Em seu discurso de posse como líder, Enéas fala
a palavra cinquenta e seeeeeiiiiiiiiiissssssss, 56 vezes.
15 de fevereiro: o dólar bate R$ 6. Os sindicatos começam a
pressionar por indexação salarial, já que a inflação atingiu
60% em termos anuais. Início do carnaval, para tudo. Lula e
Duda Mendonça são flagrados tomando Cave Miolo mas comendo
caviar Beluga.
1º de março: Mercadante renuncia após Lula ceder aos radicais
e decretar uma indexação semestral dos salários. Como
conseqüência o dólar atinge R$ 7,5. O risco Brasil a esta
altura está em 5000 pontos. A moratória é só uma questão de
tempo. Lula diz que não conversa com o FMI porque não sabe
falar inglês e mesmo que soubesse não falaria do mesmo jeito,
porque o FMI é quem tem de falar português. O FMI se nega a
manter o acordo. Meu diretor infarta.
15 de março: o governo centraliza o câmbio. O fluxo de
capitais externos para o país seca totalmente. O Brasil não
tem mais um centavo de crédito no exterior. O dólar é fixado
em R$7 no oficial, mas no black já alcança R$ 10. Lula diz
que o problema do câmbio flutuante era que ele flutuava
muito.
1º de abril: os detentores da dívida interna já não aceitam
rolar um título sequer. Diante disso, o governo decide
promover uma reestruturação da dívida. A poupança de todos
nós é trocada por títulos de 20 anos que são negociados no
mercado por 15% do valor de face. Lula diz que somente a
poupança da vovó será poupada. Tarde demais, minha vó infarta.
15 de abril: começam os panelaços. Sarney, ACM, Serra e
Garotinho são vistos no panelaço.Garotinho chora porque a
panela de Serra é maior que a dele. Brizola diz que esse guri
sempre foi chorão mesmo. Lula está lá batendo panela também
(- Pra não perder o hábito, né companheiros!!! - declaração
do presidente ao ser fotografado no panelaço). Genoíno
reclama que foi agredido com uma colher de pau na cabeça,
Abin desconfia que foi o Zé Dirceu quem deu a colherada.
30 de abril: surgem boatos de racha na cozinha petista. Filas
quilométricas nas embaixadas para conseguir um visto. Lula
põe a culpa de tudo em FHC e nos especuladores. O povo não
quer saber. Minha irmã desmaia na fila da embaixada
americana, Suplicy é visto furando a fila após o tumulto do
desmaio.
15 de maio: a situação é insustentável, o país está a beira
do caos. Os poucos líderes da esquerda que permanecem fiéis
a Lula culpam as "elites". No Congresso começa a transitar
uma emenda constitucional propondo o parlamentarismo. Enéas
faz um discurso inflamado no congresso nacional sugerindo a
volta da monarquia, após o discurso é internado no PINEL.
1º de junho: o Brasil adota o parlamentarismo. Lula vira a
rainha da Inglaterra. Fernando Henrique é chamado para ser o
primeiro ministro. "God Save" Lula é novo o lema do PT agora.
Lula-there é o novo xavão.
15 de junho: chamada uma equipe de economistas da Puc para
integrar o Gabinete de Governo de FHC. No discurso de posse
da equipe, Lula, de terno, diz que são todos uns engravatados
que não sabem quantos contos de réis custa um pão. Ninguém
entende nada dessa história de conto de réis.
1º de julho: 9 anos após o lançamento do Plano Real, lança-
se o Plano Réis. FHC vai a TV explicar que agora a nova moeda
se chamará contos de réis.
15 de julho: minha mãe me deserda por ter votado no Lula.
30 de julho: eu infarto.